Noite de Sábado!!!

No último fim de semana portei-me mal. O que me reconforta é que não me portei mal sozinho! Éramos muitos. Fomos ao Gota-a-Gota. Não foi a conta gotas mas andou lá perto. Quando lá chegámos deparámos com algumas espécies raras que normalmente não são avistadas na vila. Uma delas (uma pita que pela aparência ainda não teria o período) até foi simpática e nos cumprimentou no estacionamento:
- Boa Noite!
- Boa Noite! Tudo bem? - Perguntei eu.
- Tudo! - E virando-se para as colegas disse: - Veêm! Até são simpáticos!

Aquilo encheu-me o ego! Mas que mais tarde iria ser cheio por outra coisa!.... CAIPIRINHAS!!!
Quando entrámos no bar o desfile de aves raras continuou e uma delas (uma "gaja") que tinha um aspecto masculino, assim mais para o machona sorria-me do balcão! E eu, sob o efeito do vil néctar barsileiro... sorria também...
Entretanto chegaram mais amigas nossas que já vinham aceleraditas (tinham estado num jantar de gajas) e foi mais um mote para mais umas bebiditas.
Às tantas já dançávamos o Préche ná preche ná... nóma nóma iê... nóma nóma iê (aquela música romena muito famosa) no meio da pista com as espécies raras (incluindo a machona de cabelo curto, top com a banhoca de fora e a calaça cor-de-rosa). Mais umas caipirinhas e uns shots e o baile continuou também intervalado com os amendoins picantes (ou melhor, Ultra-Picantes) que me puseram a boca do estômago a arder e os lábios com o dobro do tamanho.
A dada altura estava eu no balcão e quando olho em frente deparo com o espétaculo!!! A machona abanava-se em cima do balcão, mas numa dança bizarra e em posições estranhas pois se ela se pusesse de pé batia com a cabeça no tecto. Estava portanto meio agachada como se cagasse numa sanita imunda sem se sentar para não apanhar micose na pássara! DIVINAL!!!
Um pouco depois viemos para fora apanhar pontas de cana para fazer de apitos! ( eu depois explico como se faz) e foi quando a amiga simpática do estacionamento olhou para mim e me disse :
-Tu és o Alex!
PÂNICO!!!!! A criatura conhecia-me!! Mas eu não!
Fomos lá para dentro e a criatura seguiu a sua rota meio torta!
Quando nos vínhamos embora a machona lá estava no seu show. Rebolava-se agora em cima de uma mesa. Eu juntei-me ao grupo de gajo que se babava à volta dela e aplaudi entusiasticamente como aquelas velhotas que aplaudem o Tony Carreira nos bailes de Verão (quer dizer agora o Tony é mais Pavilhão Atlântico, mas para mim é a mesma coisa). Entretanto alguém dos meus amigos me puxou envergonhado pelo espetaculo e saimos. Lá estava a miúda do estacionamento. Disse-lhe adeus e ainda fizemos um "dá cá mais cinco". (aquilo de bater uma mão na outra)
Pelo caminho ainda houve alguém que caiu e rompeu as collants, fez sangue no joelho e ainda o lambeu e outro que caiu de costas no muro de São Sebastião (Não revelo quem foi para não ferir a integridade da Marina e a minha). Depois ainda fui convencido a ir ao Ouriço! Entrei e deparei com o espétaculo de sempre! Um roça-roça pegado e a música.... meu Deus! A Música!!!!
Péssima! Após 15 minutos... paguei e pirei-me!
Toma lá que é para aprenderes!

Mais poesia para o Novo Milénio!

Nas brumas erguem-se formas que desconheço. Ouço cantos de aves ao longe que me adoçam os ouvidos com lamnetos de árvores que no seu silêncio aflito me turva o pensamento e me leva a crer que existe vida em mim. Páro e escuto os seus passos. Bela e altiva surge do nada. Vestida de nada e seda brilhante, traz nos olhos o fogo da paixão que quem quer viver depressa. Pés descalços e marcados pelo caminho caminham na minha direcção. E com olhos de safira e boca de diamante disse quando parou e se encostou à utima árvore viva:
- Broche e Cu 50 Euros. Sem preservativo é mais caro!