Um tal café...

Sinceramente eu não entendo o fascínio... a sério que não entendo! O que é que aquilo tem de especial? Mas a verdade é que continuamos a trilhar os mesmos caminhos praticamente todos os dias deixando marcas no chão da Ericeira. Com tanto sítio para ir teremos mesmo de ir para lá? Até vos apresento razões para não lá ir... Querem? (Mesmo que não quiserem o blog é meu e eu faço e digo o que quizer!)
Um - O Atendimento - A maior parte dos empregados até que são simpáticos e alguns até se lhes denota um esforço para assim o serem. Mas outros há que nem com o maior esforço do mundo se consegue um sorriso ou um atendimento eficaz e que nos faça pensar - Quero cá voltar.
Chegamos a ter de esperar 15 minutos para nos perguntarem o que desejamos (e nessa altura todos sabemos o que desejávamos responder) e depois mais alguns minutos para trazer a bica (que muitas das vezes contrasta enormemente com bico que o empregado traz)
Dois - A Música - Os cds que tocam incessantemente e repetidamente quando cai na graça de alguns dos empregados (ou quem sabe patrão) deixam qualquer um louco.
Três - A Falta de Espaço ao Fim de Semana - Ao fim de semana sentimo-nos umas sardinhitas em lata lá dentro. E como somos muitos até fazemos barulho o que me faz pensar a razão porque contuinuamos a falar tão alto mesmo assim num espaço tão confinado como aquele. E aquele jogo do espera-não-espera-por-uma-cadeira é um delírio!
Quatro - A Senhora Loira - Esta é uma private que só alguns entenderão mas se me perguntarem pessoalmente eu explico pois tenho de fazer umas caretas e enfatizar o ar enfastiado da senhora que "humildemente" vagueia por lá!

Portanto não entendo o fascínio que nos leva a lá ir e povoar aquele antro. Mas lá voltaremos e falaremos alto até que a voz nos doa! Se bem que a alguns já terá, até, deformado a forma do rabo de redondo para quadrado de tanto tempo que lá passam! E ok eu assumo... continuarei a beber as minhas Catellos Frescas, os meus Chás ou as minhas Super Bocks Green. Mas aviso-vos... a luta continua!

P.S. - Eu não queria levantar suspeitas ou falsos testemunhos mas uma das fundadoras do Culto M.B. terá sido a Miss Samirra que naquelas leviandades a que é sujeita sazonalmente terá sido atinjida pelo Cupido.... mas isso são outros contos!!

A minha primeira vez

Estava nervoso mas não muito. Afinal era a minha primeira vez num concerto de ópera. Na Casa da Cultura da Ericeira. Mas a verdade é que gente da Ericeira vi muito pouca. A faixa etária era quase uma faixa etérea de tão avançada que era. Mas ali estava eu mais o Nuno (um expert na matéria que me ia dando umas luzes da coisa).
Entrámos e sentámo-nos mesmo na fila frente and...let the show begin!
A primeira musica foi boa para relaxar o ambiente, os preliminares com Rossini - Duetto Buffo de due gatti. Depois a coisa aqueceu e começou a avançar para terrenos mais sólidos e com mais substância... mais prazeirentos. A soprano (ai como é giro usar estes termos técnicos... até parece que sou um entendido, mas não se iludam) era excelente e confesso que me arrepiou em algumas partes. Às vezes a voz entrava cá dentro e juro que me deu vontade que ela não saísse mais. A sensação era boa...orgásmica.
O resto continuou dentro da normalidade, mas não há bela sem senão. O tenor de quando em vez lembrava-se de limpar as fossas nasais quando a sala estava em pleno silêncio ansiosa por ouvir mais uma bela aria....disgusting!!!!! mas enfim!!!!
Adorei!
Acho que ainda há muito preconceito da Musica Clássica + Ópera. Inevitavelmente se liga com intelectuais, gente chata, nerds, velhos etc etc. Mas a vedade é que não me sinto nada disso e até vos digo mais... descansem que não irão ver-me de oculos rectangulares de massa preta, aspecto aparentemente desmazelado e com um monte de revistas debaixo do braço que têm nomes dificeis de pronunciar. Podem dormir descansados. É o Alex de sempre, mesmo depois sa sua primeira vez!