quarta-feira, fevereiro 2

O cavaleiro que tudo via

Longinqua cidade à beira-mar plantada. Tão cheia de tudo tão cheia de nada.

Um sopro na brisa estremece delicados lírios, alvos como a neve que anos anteriores lavaram as penas de quem só se lembra apenas do passado. Alta estátua de mármore respladecente talhada na forma de formoso cavaleiro. Erguido no seu trono pétreo via toda a cidade acoradar, via as crianças que na sua inocência roubavam um doce, via o rio e a multidão apressada ao fim do dia. Via o Sol e a Lua. Via a beleza interior de cada um. Até que um dia uma pomba lhe cagou nos olhos.


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1 comentários ordinários e completamente abrutalhados:

At 4:22 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Tem uma carreira como poeta muito muito garantida. Parabéns!

Agora falando a sério (neste caso escrever) parabéns tá gira! As tuas poesias são sempre controversas

 

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