sábado, fevereiro 5

Poesia para um novo milénio

O Sol pôs-se num céu de fogo e púpura na esperança de um amanhã que talvez não exista. A multidão juntou-se e um bando de aves levantou voo numa cidade distante dali. Na berma da estrada um corpo jazia de olhos abertos. Tinha uma face serena de morte e paz numa luta intemporal. Os lábios frios pareciam sorrir e alguém sussurou - Morreu feliz. Os olhos ainda abertos pareciam esmeraldas agora baças pelo tempo usado e abusado. A pele parecia emitir uma ténue luz que assinalava a queda de um anjo em cima de um homem. Havia beleza e um cheiro a jasmim e flores silvestres invadiu o ar petrificado. E como se do canto do cisne se tratasse alguém gritou na multidão : Essa besta está a fingir!

Fonte de Inspiração: Lili Big and Big Di

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